
Berrantes
O espetáculo [B]ERRANTES é uma coprodução internacional de teatro da Associação Gira Mundo
(Macapá-AP/Brasil) e La Corte de los Milagros (Ciudad del México/México), envolvendo artistas e técnicos
dos estados brasileiros do Amapá, Amazonas, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, além das cidades de Bruxelas (Bélgica) e Pretória (África do Sul).
A peça tem como objetivo explorar as experiências de deslocamento,
identidade e pertencimento de imigrantes latino-americanos fora de seus territórios de origem. Criada apartir de uma pesquisa aprofundada sobre imigração, o projeto busca ecoar vozes e histórias de indivíduos que atravessam fronteiras geográficas e emocionais em busca de novas realidades.
A dramaturgia constrói uma narrativa que questiona os impactos da colonização, da violência e da busca por um lugar no mundo, partindo de experiências autobiográficas dos atores e camadas ficcionais. A peça propõe refletir sobre as relações humanas, os conflitos culturais e as marcas deixadas pelo deslocamento forçado ou voluntário de latinos na Europa.
Com uma encenação que combina teatralidade, vídeo mapping, experimentações corporais e sonoras, [B]ERRANTES busca entrelaçar memória e presente em uma estrutura não linear. A trajetória dos personagens Jesús e Jorge, dois latinos que sobrevivem a um acidente aéreo e se veem isolados em uma ilha desconhecida, serve como ponto de partida para discutir as contradições da identidade imigrante e as tensões entre pertencimento e estrangeirismo.
A peça foi contemplada com o PROGRAMA RUMOS ITAU CULTURAL (Brasil) e PROGRAMA IBERESCENA 2024-
2025 para sua montagem, estreia e temporada nas cidades de Manaus e Macapá, na Amazônia brasilieira.
SINOPSE
A saga de Jesús e Jorge, dois imigrantes latino-americanos com trajetórias marcadas por deslocamentos e incertezas, colidem trágicamente em um acidente aéreo. Perdidos em uma ilha, eles se veem forçados a confrontar suas diferenças culturais, medos e cicatrizes invisíveis que carregam. Entre lembranças fragmentadas e tensões, os personagens percorrem um labirinto de afetos, histórias e identidades em busca de um sentido para sua existência naquele território hostil. A narrativa da peça é não linear, mesclando tempos, espaços e conduzindo o público por um jogo entre realidade e ficção. Os atores transitam entre os personagens e suas próprias vivências, desmontando a cena, revelando seus processos e expondo a fragilidade das fronteiras entre o real e o representado
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